Embates e protestos marcam audiência sobre projeto de escolas cívico-militares de Tarcísio de Freitas em São Paulo.

Na manhã desta terça-feira (14), uma audiência na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) foi palco de um intenso embate entre manifestantes favoráveis e contrários ao projeto do governador Tarcísio de Freitas para implementar escolas cívico-militares no estado. O clima esquentou quando um manifestante apoiador do projeto, identificado como Kleber Ribeiro, foi retirado do plenário a pedido do presidente da Casa, André do Prado.

Ribeiro, que se apresenta como pré-candidato a vereador pelo PL, usava uma camiseta com a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro e fez gestos intimidatórios em direção às deputadas presentes. A polícia legislativa teve que intervir algumas vezes, e finalmente conduziu o manifestante para fora do plenário.

De acordo com a deputada Paula Nunes, do PSOL, Ribeiro já a havia ameaçado ao invadir seu gabinete no ano passado. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o manifestante justificou sua presença no gabinete da deputada com críticas ao partido dela. A parlamentar chegou a registrar um boletim de ocorrência referente ao episódio.

O governador Tarcísio enviou o projeto para criação das escolas cívico-militares à Alesp no início de março, com a intenção de aprová-lo ainda no primeiro semestre deste ano para inaugurar 50 unidades com este modelo no próximo ano. A base do governador está mobilizada para aprovar o projeto nesta terça-feira, contando com o apoio da base bolsonarista.

Apesar do apoio do governo, os secretários de Educação e Segurança Pública do estado não compareceram à audiência. Tarcísio escolheu as escolas cívico-militares como uma de suas principais bandeiras para a educação, como forma de se contrapor às políticas do presidente Lula, que havia encerrado o programa nacional de fomento a escolas cívico-militares criado por Bolsonaro. A expectativa é que o projeto seja aprovado e implementado ainda neste ano.

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