Cheias históricas causam mais de 140 mortes no Rio Grande do Sul, rios ultrapassam níveis de inundação e cenário é de alerta.

Há cerca de uma semana, o Rio Grande do Sul vem enfrentando fortes chuvas que já resultaram na trágica morte de mais de 140 pessoas. As fortes precipitações levaram os sete principais rios da região a registrarem níveis de cheia além do considerado inundado.

Um dos rios mais impactados foi o Taquari, localizado em Estrela. Normalmente, quando atinge a marca de 19 metros, já é considerado inundado. No entanto, no último dia 2, o rio alcançou uma altura surpreendente de 33 metros, representando um aumento de cerca de 70% em relação à cota de inundação da região.

De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB), o rio Taquari vivenciou a maior cheia da história dos últimos 150 anos. Em apenas dois dias, entre 30 de abril e 2 de maio, o rio subiu mais de 13 metros em Estrela. Atualmente, após uma pequena redução no nível das águas, o rio se encontra em 19,55 metros.

Outro rio significativamente afetado foi o Jacuí, localizado em Rio Pardo. Tradicionalmente, atinge a marca de 7,5 metros quando inundado. Entretanto, o rio ultrapassou os 20 metros, ficando 12,54 metros acima da cota de inundação.

A capital do estado, Porto Alegre, que está às margens do lago Guaíba, também registrou níveis alarmantes de cheia. O rio atingiu a marca de 5,33 metros no último dia 5 de maio, o maior registro desde 1941. A situação é preocupante devido ao despejo das águas no lago dos Patos, que atingiu um volume duas vezes maior que o considerado cota de inundação.

Diante do avanço das inundações, a prefeitura de Porto Alegre tomou medidas drásticas, erguendo barricadas em locais estratégicos da cidade para conter o aumento do nível das águas. A Defesa Civil do estado contabiliza até o momento 149 mortes e 112 pessoas desaparecidas em decorrência das chuvas intensas. Mais de 76 mil pessoas já foram resgatadas e milhares permanecem desabrigadas. A tragédia se estende por 44 cidades e a atenção das autoridades se volta para prevenir novos danos e proteger a população atingida.

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