Assembleia do RS aprova estado de calamidade pública até 2026 e autoriza descumprimento de limitações orçamentárias em sessão extraordinária

Em uma sessão extraordinária realizada nesta terça-feira (14), a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou, por unanimidade, o estado de calamidade pública no estado. A medida, que terá validade até 30 de junho de 2026, visa a enfrentar a situação de emergência causada pelas enchentes históricas que assolam a região e já provocaram mais de 140 mortes e deixaram mais de 500 mil desalojados.

Além disso, os deputados também autorizaram que o Executivo descumpra as limitações orçamentárias, visando proporcionar mais agilidade e flexibilidade no enfrentamento da crise. O deputado Thiago Duarte foi o único a abster-se na votação do estado de calamidade.

Outra decisão importante tomada durante a sessão foi a aprovação de uma alteração no regimento interno da Assembleia, permitindo que as sessões ordinárias e extraordinárias possam ocorrer de forma híbrida ou virtual. Essa mudança era uma demanda antiga e se faz necessária para garantir a continuidade dos trabalhos legislativos mesmo em situações de emergência como a atual.

Os projetos de decreto legislativo e de lei complementar que resultaram na aprovação do estado de calamidade foram propostos pela Mesa Diretora da casa e pelo governo de Eduardo Leite. A sessão extraordinária foi presidida por Adolfo Brito, do PP, que conduziu os trabalhos de forma virtual a partir da Câmara dos Vereadores de Capão da Canoa.

Após as decisões tomadas, as lideranças legislativas manifestaram apoio às medidas aprovadas e solidariedade com as vítimas das enchentes no estado. A expectativa é de que, com a declaração de calamidade pública e a flexibilização das regras orçamentárias, o governo tenha mais condições de atuar de forma efetiva no auxílio às pessoas afetadas pela tragédia.

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