A Defesa Civil informou que mais de 500 mil pessoas estão desalojadas e 77 mil estão vivendo em abrigos temporários no estado. Diante desse panorama, o governo planeja reestruturar os abrigos para atender aqueles que ainda não conseguiram encontrar uma moradia.
Além disso, o governo está estudando a possibilidade de ampliar a política de aluguel social para auxiliar na desmobilização dos abrigos. Atualmente, essa política abrange apenas pessoas em situação de pobreza ou extrema pobreza, mas a intenção é expandi-la para outras categorias.
Para recuperar as residências perdidas, serão adotadas políticas de auxílio financeiro e assistência à moradia. O governo pretende autorizar a construção de casas em cidades afetadas, porém com condições para iniciar as obras. A quantidade de novas moradias ainda não foi divulgada.
O governo também anunciou a destinação de R$ 12 milhões para atender os alojamentos, incluindo recursos materiais como alimentos, cobertores, profissionais de segurança e saúde. Em uma análise recente, foi constatado que 64% dos abrigos dispõem de água principalmente através de garrafas mineralizadas, e 59% necessitam de materiais de limpeza.
Com relação ao perfil dos ocupantes dos alojamentos, há gestantes, puérperas, indígenas, quilombolas, crianças, adolescentes e idosos. Os abrigos contam com equipes de profissionais da saúde, incluindo psicólogos, para auxiliar nas demandas relacionadas à saúde mental e outros problemas enfrentados pelos desalojados.
A segurança nos abrigos também tem sido uma preocupação, especialmente após a prisão de seis pessoas suspeitas de cometerem estupros nos alojamentos. O governo convocou mil soldados da reserva da brigada militar para reforçar a segurança desses locais.
Diante deste cenário, é essencial o apoio contínuo dos órgãos competentes e da sociedade como um todo para garantir o bem-estar e a dignidade dos desalojados, bem como para viabilizar a reconstrução das áreas devastadas pelas enchentes e chuvas. A solidariedade e a cooperação de todos são fundamentais para superar essa difícil situação e ajudar as comunidades afetadas a se reerguerem.