Abrigos ainda estão ocupados sete meses após enchentes no Vale do Taquari, no RS, indica secretário de Desenvolvimento Social.

Sete meses após as enchentes que assolaram o Vale do Taquari, região do Rio Grande do Sul, os abrigos ainda estão abrigando moradores que perderam suas casas devido às recentes chuvas que afetaram grande parte do estado. De acordo com Beto Fantinel, secretário de Desenvolvimento Social, a expectativa é de que parte dos 770 abrigos criados para os desalojados pelas chuvas ainda tenham ocupantes.

A Defesa Civil informou que mais de 500 mil pessoas estão desalojadas e 77 mil estão vivendo em abrigos temporários no estado. Diante desse panorama, o governo planeja reestruturar os abrigos para atender aqueles que ainda não conseguiram encontrar uma moradia.

Além disso, o governo está estudando a possibilidade de ampliar a política de aluguel social para auxiliar na desmobilização dos abrigos. Atualmente, essa política abrange apenas pessoas em situação de pobreza ou extrema pobreza, mas a intenção é expandi-la para outras categorias.

Para recuperar as residências perdidas, serão adotadas políticas de auxílio financeiro e assistência à moradia. O governo pretende autorizar a construção de casas em cidades afetadas, porém com condições para iniciar as obras. A quantidade de novas moradias ainda não foi divulgada.

O governo também anunciou a destinação de R$ 12 milhões para atender os alojamentos, incluindo recursos materiais como alimentos, cobertores, profissionais de segurança e saúde. Em uma análise recente, foi constatado que 64% dos abrigos dispõem de água principalmente através de garrafas mineralizadas, e 59% necessitam de materiais de limpeza.

Com relação ao perfil dos ocupantes dos alojamentos, há gestantes, puérperas, indígenas, quilombolas, crianças, adolescentes e idosos. Os abrigos contam com equipes de profissionais da saúde, incluindo psicólogos, para auxiliar nas demandas relacionadas à saúde mental e outros problemas enfrentados pelos desalojados.

A segurança nos abrigos também tem sido uma preocupação, especialmente após a prisão de seis pessoas suspeitas de cometerem estupros nos alojamentos. O governo convocou mil soldados da reserva da brigada militar para reforçar a segurança desses locais.

Diante deste cenário, é essencial o apoio contínuo dos órgãos competentes e da sociedade como um todo para garantir o bem-estar e a dignidade dos desalojados, bem como para viabilizar a reconstrução das áreas devastadas pelas enchentes e chuvas. A solidariedade e a cooperação de todos são fundamentais para superar essa difícil situação e ajudar as comunidades afetadas a se reerguerem.

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