Segundo informações, os policiais envolvidos apresentaram a ocorrência a uma unidade da própria corporação, que autuou o sargento autor do tiro em flagrante e encaminhou o caso para o Tribunal de Justiça Militar, que determinou a prisão preventiva do policial.
Diante da situação, a Secretaria da Segurança Pública instaurou um inquérito policial pelo DHPP para esclarecimento do caso, atendendo a um pedido do Ministério Público. A investigação pela Polícia Civil não interfere no processo que já estava em andamento na Justiça Militar.
Delegados ouvidos pela reportagem criticaram a condução do caso pela PM, classificando-a como arbitrária, ilegal e inconstitucional. O advogado criminalista Roberto Tardelli destacou que houve usurpação de competência por parte da polícia judiciária e do Ministério Público. Ele ressaltou a importância de uma investigação imparcial e judicial para esclarecer o incidente.
Além disso, a resolução da Secretaria da Segurança Pública estabelece procedimentos a serem seguidos em casos de intervenção policial, sem fazer distinção entre homicídios dolosos e culposos. O flagrante da prisão deveria ter sido homologado pelo comandante do batalhão, de acordo com a resolução.
Diante desse cenário, a gestão Tarcísio de Freitas recuou da decisão de autorizar a Polícia Militar a elaborar os TCOs, após um atrito entre as duas forças de segurança. Um grupo de trabalho foi criado para debater o assunto e encontrar soluções para evitar discordâncias futuras entre as instituições.