Ao chegarmos em locais como lojas, restaurantes, festas ou consultórios médicos, é comum que as pessoas se aproximem para conversar, mas direcionem suas perguntas e interações à pessoa que está ao nosso lado, como se não fôssemos capazes de responder por nós mesmos. Questões como “Ele não quer se sentar?” ou “Que tamanho de roupa ele usa?” mostram como ainda há uma falta de sensibilidade e educação em relação às pessoas com deficiência.
Essa atitude pode variar em diferentes situações, como confundir um amigo com um cuidador ou duvidar da capacidade de alguém estar sozinho em um ambiente. O capacitismo, preconceito em relação às pessoas com deficiência, ainda é uma realidade que precisa ser combatida. Medo, desinformação e a crença de que não temos capacidade para manter uma conversa são apenas algumas das motivações por trás dessa atitude.
É fundamental que essa situação não seja mais normalizada. A discriminação e o preconceito são crimes que não podem ser tolerados, assim como a ignorância em relação a qualquer outra característica individual. As pessoas com deficiência têm o direito de se comunicar, se expressar e ocupar espaços de forma igualitária.
Cabe a nós e aos nossos aliados não apenas resistir a essa invisibilidade, mas também confrontá-la. Devemos interromper o ciclo em que somos ignorados, explicar nossa presença e exigir respeito. Afinal, fingir que não estamos ali é desrespeitoso e não é mais uma opção. É hora de rasgar o manto da invisibilidade e garantir nosso lugar no mundo, com voz e protagonismo.