O título escolhido para a edição deste ano faz referência à gíria brasileira “mil grau”, usada para descrever algo incrível ou cheio de fervor. Os curadores do evento destacam a ambiguidade dessa expressão, que pode significar tanto algo positivo como algo tenso. A ideia é explorar esse contraste e refletir sobre como situações extremas podem levar a transformações significativas.
Segundo Germano Dushá, um dos curadores, a proposta é imaginar uma temperatura máxima que seja capaz de derreter e transformar qualquer matéria, uma temperatura quimérica que representa um calor total, tanto físico quanto espiritual. A abordagem do evento busca não cair em dualismos simplistas, mas enxergar a complexidade das interconexões existentes, inclusive em relação à crise climática.
A seleção de artistas para esta edição do Panorama da Arte Brasileira é diversificada, representando diferentes estados e abordando uma variedade de temas, desde questões históricas e sociopolíticas até reflexões mais espirituais. A pluralidade de práticas artísticas presentes na exposição reflete a riqueza e a complexidade do cenário artístico contemporâneo brasileiro.
Além da exposição, os curadores planejam expandir o evento para incluir performances, teatro e dança, e também estão planejando o lançamento de um catálogo sobre a exposição. A intenção é que o Panorama da Arte Brasileira vá além do espaço físico do museu, criando uma experiência cultural ampla e diversificada.
A mostra terá início em 3 de outubro e se estenderá até 26 de janeiro de 2025, oferecendo ao público a oportunidade de vivenciar a energia e as discussões propostas pelos curadores. Para mais informações sobre o evento, é possível acessar o site do museu.