As enchentes resultaram em 81 mil desabrigados, que precisaram buscar abrigo em locais públicos, e 537 mil desalojados, que tiveram que sair de suas casas, mas encontraram acomodação em outros lugares. Este é considerado o maior deslocamento em massa no Brasil em três décadas, afetando 446 dos 497 municípios gaúchos.
Até o momento, foram registradas 136 mortes e 125 desaparecimentos em decorrência das enchentes, além de 74.153 salvamentos humanos e 10.348 salvamentos de animais. O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, alertou para o aumento do número de pessoas atingidas com os riscos de enchentes que continuam afetando a região sul do estado.
Durante uma entrevista coletiva, foi revelado que apenas 69 municípios dos 441 afetados pelas chuvas no Rio Grande do Sul solicitaram verba emergencial do governo federal, apesar dos novos critérios de flexibilização para a solicitação. Os recursos serão repassados em três faixas, de acordo com o número de habitantes de cada cidade.
Até o momento, o Ministério da Integração já destinou mais de R$ 16 milhões para as administrações municipais e aprovou projetos de reconstrução de pontes e vias danificadas. A Força Nacional também está ampliando sua atuação, com 1.500 agentes federais presentes no estado para garantir a segurança nos abrigos.
A ministra Sonia Guajajara informou que 110 das 214 comunidades indígenas no estado foram afetadas pelas chuvas, o que representa cerca de 30 mil pessoas. Ela está em negociação com o Ministério do Meio Ambiente para a elaboração de um Plano Nacional de Desastres Naturais e garantir a entrega de 9.000 cestas básicas às comunidades afetadas.
O desastre no Rio Grande do Sul continua a mobilizar esforços do governo e da sociedade para auxiliar as vítimas e iniciar o processo de reconstrução das áreas atingidas. Mais medidas e projetos estão sendo discutidos e implementados para garantir a assistência necessária a toda a população afetada pelas fortes chuvas.
