Diante da situação de calamidade, muitos gaúchos têm buscado abrigo com familiares ou amigos em outros estados, como Santa Catarina, devido à destruição causada pelas chuvas. Mais de 69 mil pessoas estão em abrigos montados para atender as vítimas que perderam suas casas. Dos 497 municípios do estado, 435 foram afetados pela tragédia, demonstrando a grande extensão dos danos.
Além das vidas perdidas e dos desabrigados, a população gaúcha enfrenta também a falta de energia, com ao menos 163 mil pontos sem eletricidade, e de abastecimento de água, com 385 mil imóveis ainda sem o serviço. As aulas foram suspensas em mais de 2 mil escolas da rede estadual, impactando mais de 338 mil alunos.
A mídia tem comparado essa tragédia no Rio Grande do Sul ao furacão Katrina, que devastou a região metropolitana de Nova Orleans, nos Estados Unidos, em 2005. Profissionais da saúde ressaltam a falta de prevenção de desastres naturais e a ausência de uma coordenação centralizada de decisões como fatores que contribuíram para a gravidade da situação.
O nível da água do lago Guaíba, que alagou Porto Alegre, baixou para 4,74 metros, mas as ruas ainda permanecem inundadas na capital gaúcha. O governo estadual alerta para o risco de enchentes nos municípios às margens da Lagoa dos Patos, enquanto a prefeitura de Porto Alegre interrompeu os resgates de vítimas devido à previsão de novas chuvas e ventos fortes.
Com a previsão de queda de temperatura no Rio Grande do Sul, a situação já calamitosa pode se agravar ainda mais, colocando em evidência a necessidade de ações efetivas para auxiliar a população afetada pelas chuvas.