Zanin alegou impedimento devido ao fato de ter sido advogado do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, que o indicou para o Supremo, e ter apresentado uma ação semelhante contra Bolsonaro no contexto das eleições de 2022. A medida foi tomada antecipadamente para evitar possíveis questionamentos futuros.
No mês anterior, a Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se contrariamente ao pedido de Bolsonaro para reverter sua inelegibilidade, argumentando que não cabe ao Supremo reavaliar as provas do processo e questionar a decisão do TSE.
Em junho do ano passado, o TSE condenou Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação ao utilizar a estrutura do Palácio da Alvorada para uma reunião com embaixadores, na qual ele atacou o sistema eletrônico de votação. O tribunal já havia rejeitado um último recurso do ex-presidente, levando-o a buscar uma última possibilidade de reversão da sua inelegibilidade junto ao Supremo.
O desenrolar desse processo e a atuação do ministro Luiz Fux como relator devem ser acompanhados de perto nos próximos dias, considerando a relevância política e jurídica do caso. O desfecho dessa questão terá impactos significativos na cena política nacional e nas eleições futuras.