Crianças em abrigos do RS em situação de calamidade requerem cuidado redobrado para evitar violência de toda natureza

O cuidado com as crianças abrigadas durante a calamidade no Rio Grande do Sul deve ser redobrado para evitar casos de violência, seja ela sexual, psicológica ou física. Essa foi a avaliação feita pela professora Luísa Habigzang, coordenadora do Grupo de Pesquisa Violência, Vulnerabilidade e Intervenções Clínicas da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUC-RS, em uma entrevista concedida à imprensa.

De acordo com Luísa, é fundamental zelar pela integridade das crianças nos abrigos, principalmente por estarem em um ambiente com centenas de pessoas desconhecidas em decorrência da catástrofe. Diante desse cenário, a presença de voluntários e monitores se faz necessária para garantir a segurança e proteção dos menores.

Ainda segundo a professora, a cartilha lançada pela universidade oferece orientações precisas sobre como os voluntários devem proceder ao lidar com relatos de abusos e como manter as crianças protegidas. A cartilha também é útil para profissionais de diferentes áreas que atuam nos abrigos, como agentes públicos, jornalistas e profissionais de saúde.

A preocupação com a disseminação de fake news também está presente no trabalho realizado pela PUCRS durante a calamidade. Professores e pesquisadores estão engajados na divulgação de informações verdadeiras e corretas, combatendo assim as notícias falsas que possam surgir.

Além disso, a questão da saúde mental das crianças abrigadas também é uma preocupação central. A pesquisadora Andreia Mendes, do Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCRS, destaca a importância de se comunicar de maneira saudável e respeitosa com as crianças, levando em consideração suas emoções e necessidades.

Para auxiliar nesse processo, o professor da PUCRS Christian Cristensen coordenou o curso Primeiros Cuidados Psicológicos, que aborda princípios gerais de intervenções em situações de crises, desastres e catástrofes. O curso é uma parceria entre a PUCRS e o Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul e está disponível para todos os voluntários que estão prestando acolhimento às vítimas das enchentes no estado.

Portanto, diante da situação de calamidade no Rio Grande do Sul, o cuidado e a proteção das crianças abrigadas se tornam prioridades, exigindo ações coordenadas e eficazes por parte dos voluntários e profissionais envolvidos.

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