Marcelo, em entrevista, mencionou que utilizaram um caminhão cedido por seu patrão para realizar diversas ações de auxílio aos desabrigados. Os animais estavam em uma casa que já funcionava como abrigo e que foi atingida pela enchente, obrigando o casal responsável pelo local a se refugiar no segundo andar com todos os animais, enquanto o térreo era tomado pelas águas.
Após serem inicialmente recusados em um abrigo montado em uma escola, o comboio foi encaminhado para um segundo endereço, onde também enfrentaram resistência. Marcelo relatou que somente após uma discussão intensa foram finalmente aceitos. A preocupação era pela saúde e bem-estar dos animais, que já estavam em situação delicada após o resgate.
A mobilização de estudantes de veterinária, professores e outros profissionais da área tem sido crucial para garantir o atendimento adequado aos animais resgatados. Veterinárias como Maielli Martins Marçal e Karine Marchioro alertaram para os graves casos de desnutrição e negligência que alguns animais têm enfrentado.
A situação se agrava pela falta de estrutura para acolher todos os animais resgatados, como relatou a professora de veterinária Mariana Teixeira, que está auxiliando no cuidado de dezenas de cães e gatos em um ginásio militar. Autoridades locais, como o secretário adjunto da Causa Animal, Jairo Avila, afirmaram que abrigos estão sendo providenciados, mas a demanda por assistência animal ainda é alta.
A solidariedade e o esforço de voluntários, aliados ao trabalho das autoridades e instituições locais, são fundamentais para minimizar o impacto das enchentes nos animais de estimação e garantir seu bem-estar durante essa crise.