Com a previsão de mais chuvas para os próximos dias, a quantidade de água que chegará ao lago pode dobrar, atingindo os 29 trilhões de litros até o dia 17 de maio. Esse volume representaria o total do reservatório de uma das maiores hidrelétricas do mundo. O cálculo foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Hidrológicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
O professor e pesquisador do IPH, Fernando Meirelles, alerta para a gravidade da situação, destacando que a velocidade com que a água entrou no lago foi muito acima do comum. O pico da vazão durante a cheia chegou a 30 milhões de litros por segundo, aumentando consideravelmente os níveis de água no lago Guaíba.
Apesar do lago Guaíba ter se mantido em torno de 4,7 metros após atingir 5,35 metros no pico da cheia, a situação ainda é crítica. A previsão de mais chuvas volumosas e ventos desfavoráveis pode agravar a situação, com acumulados que podem superar os 150 mm nos próximos dias.
O IPH e o Inmet alertam para a possibilidade de retorno dos níveis mais altos no lago Guaíba, o que aumentaria o risco de inundação no sul do estado. A preparação dos municípios para a inundação gradual na região de Pelotas, Rio Grande e arredores deve ser redobrada devido à elevação prevista da lagoa dos Patos.
Diante desse cenário, é importante que as autoridades e a população estejam atentas e preparadas para lidar com o impacto das chuvas e possíveis enchentes na região. A situação demanda medidas preventivas e de contingência para garantir a segurança e o bem-estar da população afetada pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul.