De acordo com o psicólogo Christian Haag, professor da PUC-RS e coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Trauma e Estresse, as vítimas de desastres tendem a experimentar sentimentos como medo, desesperança, solidão e choque. Além disso, sintomas físicos como confusão mental, tensão muscular e alterações no sono também podem estar presentes.
Para prevenir o adoecimento mental da população afetada pelas chuvas no Rio Grande do Sul, a PUC-RS e o CRP criaram um curso rápido em vídeo destinado aos voluntários que atuam no resgate. Esses voluntários são orientados a fornecer um suporte emocional, auxiliar na reconexão das vítimas com suas redes de apoio e prevenir transtornos mentais a longo prazo.
É essencial observar os sinais de que o sofrimento está ultrapassando a normalidade nas vítimas. Caso os sentimentos negativos persistam por mais de um mês após o evento traumático, é recomendado procurar auxílio psicológico e médico. Além disso, os profissionais alertam para a importância de cuidar da saúde mental dos voluntários e dos profissionais que atuam nos resgates, uma vez que também estão expostos a situações impactantes.
A formação de grupos de apoio, intermediados por psicólogos, é uma estratégia eficaz para lidar com as consequências emocionais causadas por eventos traumáticos. Compartilhar os traumas com pessoas que viveram situações semelhantes pode ser terapêutico e auxiliar no processo de recuperação mental. A saúde mental de todos os envolvidos deve ser priorizada para garantir uma melhor resiliência emocional diante de eventos traumáticos como as chuvas no Rio Grande do Sul.