Bruna Meotti, arquiteta residente no centro histórico de Porto Alegre, descreveu a situação caótica em que se encontrava sua região, com a água avançando e os vizinhos deixando o local gradualmente. A falta de infraestrutura e as previsões de mais chuva contribuíram para sua decisão de viajar para Santa Catarina, onde encontrou abrigo na casa de um tio. A incerteza sobre a normalização da situação na capital gaúcha levou-a a optar por sair da cidade.
Outros moradores como o antropólogo Everson Fernandes relataram momentos de tensão e perigo ao serem resgatados por bombeiros em meio às enchentes. A falta de luz e a dificuldade de comunicação foram determinantes para muitos tomarem a decisão de deixar Porto Alegre em busca de locais mais seguros.
Jussara Martini e sua família, residente no bairro Ipanema, também se deslocaram para Itapema, em Santa Catarina, onde possuem um apartamento de veraneio. Mesmo não estando em área de alto risco, a escassez de água e alimentos nos supermercados locais motivou a mudança, além do desejo de contribuir para a redução do consumo de recursos escassos em Porto Alegre.
A solidariedade também se destaca nesse momento crítico, com voluntários como a advogada Sarita Vallim atuando na logística das doações de forma remota, mesmo após deixar a cidade. A mobilização da população em auxiliar os mais necessitados tem sido fundamental para enfrentar os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul.
O deslocamento de gaúchos para diferentes regiões em meio às enchentes revela a gravidade da situação e a busca por segurança e condições básicas de sobrevivência. A solidariedade e a colaboração são essenciais nesse momento de crise, mostrando que a união da comunidade pode ajudar a superar os desafios causados pelas fortes chuvas e enchentes na região.