A deputada federal Gleisi Hoffman, presidente do PT, classificou a decisão como um “crime contra o país”, alegando que não há justificativa econômica para o corte de apenas 0,25 ponto. Ela ainda criticou a autonomia do Banco Central e a permanência de membros indicados pelo governo anterior, afirmando que isso configura sabotagem contra o desenvolvimento do Brasil.
Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) expressaram descontentamento com a decisão do Copom. A CNI citou que a redução dos juros não condiz com a queda da inflação e que altos níveis de taxa de juros impedem a prosperidade econômica. A Firjan destacou que a manutenção dos juros elevados afeta a confiança dos empresários e prejudica o investimento, essencial para o crescimento sustentável.
A Associação Paulista de Supermercados (Apas) apontou que fatores internacionais também influenciaram na decisão do Copom, e que a redução da velocidade dos cortes pode impactar tanto no controle inflacionário quanto na atividade econômica. Por sua vez, as centrais sindicais como a CUT e a Força Sindical criticaram a desaceleração da queda da Selic, argumentando que os juros altos favorecem os rentistas em detrimento do desenvolvimento do país.
No contexto de instabilidade externa e mudanças nas metas fiscais, a credibilidade fiscal é vista como crucial para abrir caminho para juros baixos e promover um ambiente propício ao crescimento da atividade econômica. A expectativa é que a ação do Copom produza impactos no controle da inflação, mas que também afete o ritmo da atividade doméstica.