Apesar da gravidade da situação e dos apelos por ajuda, a visita de Lula foi breve e ele partiu no mesmo dia. A falta de ações concretas por parte do governo em meio à calamidade gerou críticas não só da população gaúcha, mas também de todo o país. A repercussão negativa levou o Executivo a adiar o Concurso Público Nacional Unificado, diante da impossibilidade de realização das provas devido aos estragos causados pelas enchentes.
No sábado (4), as enchentes se intensificaram em Porto Alegre e região, com milhares de pessoas desalojadas. Ministros do governo federal desembarcaram no estado, mas sem anúncios concretos de ajuda. Diante do agravamento da situação, Lula foi obrigado a retornar ao Rio Grande do Sul no domingo (5) para sobrevoar as áreas afetadas, enquanto a população aguardava desesperadamente por resgate.
A demora do governo em adotar medidas efetivas frente à catástrofe gerou críticas e cobranças por uma atuação mais incisiva. Apenas uma semana após o início dos temporais, Lula anunciou um projeto de decreto legislativo para flexibilizar regras fiscais e viabilizar o envio de verbas para o Rio Grande do Sul, mas as ações tardias não foram capazes de conter o sofrimento da população atingida. A visita do presidente, marcada por falta de ações imediatas e por decisões controversas, revelou a falha na gestão de crises e a necessidade de uma resposta mais eficiente diante de desastres naturais.