SÃO PAULO – Aprimoramento da saúde das mulheres em debate: Comissão realiza Audiência Pública para discutir políticas públicas na capital paulista.

Na noite de segunda-feira (6/5), a Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher da Câmara Municipal de São Paulo promoveu uma importante Audiência Pública com o intuito de debater políticas públicas para aprimorar o atendimento à saúde das mulheres na capital paulista. O requerimento para o debate foi apresentado pelo vereador Hélio Rodrigues (PT), vice-presidente do colegiado, e teve como foco discutir medidas para reduzir os riscos e os agravos de doenças, visando garantir a integralidade, equidade e universalidade das ações e serviços de saúde voltados para as mulheres.

Durante a audiência, que contou com a participação de profissionais da saúde, representantes de movimentos sociais e usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) da cidade, foram levantadas questões essenciais para o debate sobre a saúde da mulher. A médica Simone Diniz, professora de Saúde Pública da USP, apresentou dados sobre o Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM) e ressaltou a importância da organização para a melhoria da situação da saúde feminina.

Usuária do SUS, a conselheira tutelar e ativista social Sônia Maria Barbosa enfatizou a necessidade de maior atenção às mulheres negras e periféricas, que estão mais suscetíveis a certas doenças, como a pressão arterial e a anemia falciforme. Ela também destacou a dificuldade de acesso a exames em algumas regiões periféricas da cidade, como a falta de mamografias para mulheres abaixo dos 40 anos.

Outro ponto abordado na audiência foi a violência contra a mulher. A assistente social Rosileide Pimentel cobrou medidas de enfrentamento à violência física e psicológica, destacando o alto índice de feminicídios, especialmente entre mulheres negras. Ela ressaltou a importância de oferecer acolhimento e atendimento específico para essas mulheres.

Representando a Defensoria Pública do Estado de São Paulo, Tatiana Campos Bias Fortes discutiu a demanda por serviços de atendimento e acolhimento às vítimas de violência sexual. Ela também destacou a importância de informações claras e acessíveis sobre os serviços municipais de aborto legal, defendendo o direito ao acesso à saúde e aos direitos reprodutivos.

Em um cenário de desafios e necessidades urgentes, a audiência proporcionou um espaço de debate e reflexão sobre a saúde das mulheres em São Paulo, evidenciando a importância de aprimorar as políticas públicas e os serviços de atendimento para garantir o bem-estar e a qualidade de vida de todas as mulheres da cidade.

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