Após as intensas chuvas, a cidade ficou isolada devido ao aumento do nível do rio Jacuí e do lago Guaíba, que cercam Eldorado do Sul. Moradores tiveram que acampar às margens da BR-290, na saída da cidade, aguardando resgate. As pontes sobre o Guaíba que ligam o município à capital estavam bloqueadas, dificultando a passagem de veículos.
O vice-prefeito da cidade, Ricardo Alves, relatou a situação dramática em que os moradores se encontram, muitos optando por permanecer no segundo andar de suas casas, sem luz, água nem comunicação. A ajuda das Forças Armadas tem sido essencial para o envio de suprimentos como alimentos, água e medicamentos por meio de helicópteros.
Os prejuízos são incalculáveis, com relatos de carros submersos, saques a estabelecimentos comerciais e perdas de estoques. A prefeitura de Guaíba e outras cidades da região abriram diversos abrigos para acolher desabrigados, totalizando mais de 8.000 pessoas acolhidas, incluindo moradores de Eldorado do Sul.
No cenário de devastação, a solidariedade tem sido um ponto positivo, com a comunidade local mobilizando doações de alimentos, roupas, colchões, medicamentos e itens de higiene. O governo federal reconheceu estado de calamidade pública em diversos municípios afetados pelas enchentes, visando agilizar a liberação de recursos para a reconstrução das áreas atingidas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou a região afetada e prometeu ajuda federal ao estado do Rio Grande do Sul. A mobilização de autoridades e órgãos de socorro é fundamental para amenizar o sofrimento da população e iniciar o processo de recuperação das cidades atingidas pelas enchentes. O estado de calamidade exige a união de esforços para garantir a segurança e o amparo aos afetados por essa tragédia.
