No entanto, a autoridade ressaltou sua preocupação com possíveis choques que poderiam afetar a direção da economia global, como distorções nos preços de energia. Apesar da visão positiva, o FMI prevê um crescimento global mais fraco durante o restante da década, com uma estimativa de 3% em comparação com as previsões pré-pandemia de 3,8%.
Georgieva também abordou a questão do comércio global, alertando que a fragmentação do comércio poderia custar entre 0,2% e 7% do Produto Interno Bruto (PIB) global, dependendo de como os países lidam com as sanções internacionais. Ela ressaltou a importância da cooperação e do comércio multilateral para garantir a segurança da cadeia de suprimentos e evitar perdas significativas para a economia global.
Além disso, a diretora-gerente do FMI destacou a necessidade de aumentar a cooperação entre os países para resolver problemas e impulsionar o crescimento global. Ela projetou que mercados emergentes, como a Indonésia, poderiam se beneficiar e ter um desempenho melhor do que outras regiões, aproveitando inovações tecnológicas e a transição verde.
No que diz respeito à China, Georgieva mencionou que a instituição está trabalhando com o país para promover o consumo doméstico e melhorar a confiança dos consumidores. Ela ressaltou a importância de medidas para orientar a economia chinesa para o consumo interno e resolver questões no setor imobiliário.
Sobre os Estados Unidos, a diretora-gerente do FMI alertou sobre o impacto da dívida fiscal do país no longo prazo e como isso poderia afetar outras nações. Ela enfatizou a importância de uma consolidação fiscal e destacou que o financiamento do déficit fiscal dos EUA poderia ter repercussões em mercados emergentes e empresas americanas.
Em resumo, as análises de Kristalina Georgieva durante a Conferência Global de 2024 ressaltam a importância da cooperação, da resiliência econômica e das medidas necessárias para impulsionar o crescimento global e garantir a estabilidade financeira em meio a desafios econômicos e geopolíticos.