Represas em alerta: quando a segurança das estruturas é posta à prova em meio a desastres naturais

Na última quinta-feira (02/05), um incidente no Rio Grande do Sul chamou a atenção para a fragilidade de muitas represas ao redor do mundo. A barragem 14 de Julho rompeu parcialmente devido aos temporais que atingiram o estado, resultando em trágicas consequências. Pelo menos 30 pessoas perderam a vida, dezenas estão desaparecidas e mais de 300 mil moradores ficaram sem energia elétrica. Além disso, outras 19 barragens no estado estão em estado de alerta ou atenção, evidenciando a necessidade urgente de reparos e melhorias nesses locais.

Esse tipo de desastre não é um acontecimento isolado. Em outras partes do mundo, como no Quênia e na Líbia, relatos de rompimentos e colapsos de represas têm se tornado mais frequentes. No caso das barragens Abu Mansour e Derna, na Líbia, a ruptura ocorreu em decorrência do ciclone tropical Daniel, provocando milhares de mortes e desaparecidos. O Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários demonstrou preocupação com a estabilidade de outras represas líbias, citando “relatos contraditórios”.

Além disso, a falha na barragem de rejeitos da mina em Brumadinho, Minas Gerais, em 2019, é um exemplo de como avaliações conflitantes e uma manutenção inadequada podem resultar em tragédias. A avalanche de lama tóxica causou a perda de 270 vidas e expôs a fragilidade de muitas estruturas desse tipo ao redor do mundo.

As represas são utilizadas para diversos fins, desde a irrigação até a produção de eletricidade. Elas podem ser construídas com diferentes materiais, como aterro, concreto, aço e madeira, cada um com suas particularidades e níveis de resistência. No entanto, a idade das represas, aliada a defeitos de design e manutenção irregular, podem contribuir para o seu colapso.

Para evitar que represas transbordem ou se rompam, é fundamental realizar manutenções regulares e seguir as recomendações técnicas. Nenhuma represa é à prova de enchentes, portanto, é necessário estar preparado para lidar com emergências caso ocorra uma falha. A segurança das comunidades que vivem próximas a essas estruturas deve ser a prioridade, garantindo que vidas e propriedades sejam protegidas em situações de risco.

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