Segundo informações da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão do MPF no Rio de Janeiro, o caso começou a ser investigado após reportagens do Ponte Jornalismo destacarem conteúdo violento veiculado por policiais em diversos canais do YouTube. A DPU também iniciou um procedimento similar após a denúncia.
De acordo com Julio Araujo, procurador regional dos Direitos do Cidadão adjunto no Rio de Janeiro, e Thales Arcoverde, defensor regional de Direitos Humanos, a falta de investigação e medidas disciplinares em relação aos conteúdos dos programas de podcast e videocast veiculados por policiais é extremamente preocupante. Isso contribui para a persistência de práticas prejudiciais, minando a confiança na instituição policial e expondo comunidades a potenciais danos.
O MPF e a DPU solicitaram à Justiça Federal a exclusão imediata dos trechos mencionados na ação e a implementação de medidas pelo Google para evitar casos semelhantes no futuro. Além disso, foi solicitada a fiscalização e moderação do conteúdo postado em canais específicos, como Copcast, Fala Glauber, Café com a Polícia e Danilsosnider.
Os órgãos também pediram que o Estado regulamente o discurso de ódio ou perigoso por membros da Polícia Militar, adotando medidas disciplinares em relação aos casos já descritos na ação judicial. A Justiça também foi solicitada a condenar o Google ao pagamento de uma indenização de R$ 1 milhão e os policiais militares a pagar R$ 200 mil por danos morais coletivos.
A Agência Brasil entrou em contato com o Google para obter um posicionamento sobre o assunto e aguarda uma resposta.