Após a repercussão negativa, a Secretaria da Educação anunciou a retirada do vídeo e abriu uma investigação preliminar sobre o caso. A aula de língua portuguesa propunha a abordagem do “protagonismo estudantil”, utilizando o vídeo do MBL Estudantil para falar sobre a importância dos grêmios estudantis nas escolas.
No vídeo, uma jovem integrante do MBL Estudantil explicava o processo de formação dos grêmios escolares, detalhava como ocorriam as eleições e incentivava os alunos a participarem dessas organizações. O vídeo finalizava com um apelo do MBL pedindo doações para o movimento, oferecendo brindes de acordo com o valor contribuído.
As aulas digitais foram criadas no ano anterior pela gestão de Tarcísio, com o intuito de substituir os livros didáticos impressos do Programa Nacional do Livro Didático. Após críticas e erros apontados nas aulas produzidas pela secretaria, o governo recuou parcialmente e decidiu aderir novamente ao programa nacional para garantir o recebimento dos livros impressos, além de manter a produção e envio de slides para uso em sala de aula.
Para o terceiro bimestre do ano em curso, a gestão de Tarcísio implementou a produção das aulas digitais por meio de inteligência artificial, utilizando a ferramenta ChatGPT. Essa mudança gerou preocupações de especialistas e professores, que alertaram para a possível falta de controle de qualidade e viés ideológico no material produzido pelo governo.
A Secretaria da Educação emitiu uma nota informando a retirada da aula da plataforma e a edição do seu conteúdo para se adequar aos protocolos pedagógicos da rede, além de abrir uma investigação para apurar os envolvidos no caso. A decisão de utilizar recursos ideologicamente orientados em aulas para milhões de alunos da rede estadual gerou críticas e controvérsias, levantando debates sobre a qualidade e imparcialidade do material educacional distribuído pelo governo.