Durante a abertura do evento, a subsecretária-geral de Comunicações Globais da ONU, Melissa Fleming, expressou preocupação com a escala global e sofisticação dos conteúdos disseminados, ressaltando que a desinformação e os discursos de ódio representam uma ameaça às instituições públicas e democracia em todo o mundo. Ela enfatizou que a inteligência artificial tem contribuído para amplificar postagens que geram ódio e conteúdos prejudiciais, ao mesmo tempo em que restringe o alcance de informações verdadeiras.
Melissa defendeu o direito das pessoas de obterem informações confiáveis e ressaltou a importância de seguir os princípios recomendados pela ONU para aprimorar iniciativas em defesa da integridade da informação. Já o diretor-geral adjunto de Comunicação e Informação da Unesco, Tawfik Jelassi, destacou a importância de tratar o acesso a informações de qualidade como um bem público e a necessidade de agir para transformar essa ideia em ações concretas.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, mencionou as ações do governo brasileiro na luta contra a desinformação, incluindo a estratégia nacional de educação midiática. Ele ressaltou a importância de fortalecer o jornalismo público, comunitário e privado, expandir a rede nacional de comunicação pública e avançar na regulamentação democrática das plataformas digitais.
Este evento no Brasil foi o primeiro a pautar a integridade da informação no G20, demonstrando o reconhecimento dos impactos negativos da desinformação e dos discursos de ódio. A discussão sobre esses temas é essencial para garantir que a informação de qualidade seja um bem público acessível a todos.