O motivo principal das queixas ainda não foi divulgado pela gestão do prefeito Ricardo Nunes, porém, a SPTrans afirmou que o intervalo excessivo entre uma condução e outra foi o principal motivo das reclamações no primeiro trimestre de 2023. Além disso, comportamento inadequado de motoristas, cobradores ou fiscais e a não atenção dos motoristas aos sinais de embarque/desembarque também geraram insatisfações entre os passageiros.
Segundo Rafael Calabria, coordenador de mobilidade urbana do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), não houve mudanças nos canais de denúncia, o que torna o processo de reclamação bastante burocrático e desestimula os usuários a reportarem problemas. Ele ressaltou que a diminuição da frota de veículos na cidade também está contribuindo para o aumento do tempo de espera, intensificando a insatisfação dos passageiros.
A SPTrans informou que está adotando medidas operacionais e de planejamento para melhorar a fluidez do transporte público na capital, destacando a criação de faixas exclusivas para ônibus e a aplicação de multas às operadoras por irregularidades. No entanto, Calabria argumenta que a atuação da gestão municipal ainda está aquém do necessário para oferecer um serviço de transporte coletivo de qualidade em São Paulo.
Além disso, a promessa da gestão de Ricardo Nunes de ampliar os corredores de ônibus na cidade também não foi cumprida, gerando mais descontentamento entre os passageiros. Recentemente, duas empresas de ônibus foram alvo de uma operação policial por suspeitas de lavagem de dinheiro para uma facção criminosa, o que levou à nomeação de interventores para comandar as companhias.
Diante desse cenário de insatisfação e problemas no sistema de transporte público em São Paulo, é urgente que medidas efetivas sejam tomadas para garantir um serviço de qualidade e seguro para os usuários da capital. A população espera por soluções rápidas e eficazes por parte das autoridades competentes.