Os docentes se embasaram em um texto de um site que se esforçou para desmantelar a noção de “estupro como arma de guerra”, porém acabou indo além ao sugerir que, talvez, pode ter ocorrido violência sexual, mas não de forma organizada. Esse texto, que demonstrou zelo pelas práticas jornalísticas, manipulou de tal forma o leitor desatento que algumas pessoas chegam a argumentar que tudo não passou de uma mentira.
Diversos veículos e ativistas de esquerda estão engajados em uma campanha para negar as atrocidades cometidas em 7 de outubro e apresentar o Hamas como combatentes pela liberdade, uma legítima força de resistência. Essa postura vai de encontro ao objetivo primordial do jornalismo, que é investigar os relatos das testemunhas e vítimas. Ao invés disso, optam por atacar publicamente uma das repórteres, acusando-a de ser uma mentirosa a serviço do sionismo por ser israelense.
É evidente a necessidade de se levantar e investigar a violência contra as mulheres, especialmente diante da circulação da chocante imagem de Shani Louk, nua e brutalizada em uma caçamba. No entanto, uma parte da esquerda, que defende que “palavras machucam”, parece não se importar com as imagens de mulheres mortas, violentadas e com relatos de vítimas. Enquanto Israel se vê envolto em sangue palestino, o Hamas conseguiu impor sua narrativa, contando inclusive com respaldo acadêmico.
Portanto, a controvérsia levantada por esses professores de jornalismo certamente traz à tona questões relevantes sobre a ética e a qualidade da reportagem jornalística, principalmente em situações envolvendo conflitos e violações de direitos humanos. É fundamental que haja uma reflexão mais profunda sobre o papel da imprensa na divulgação de informações precisas e imparciais, sempre visando a justiça e a verdade.