Mulher que levou idoso morto a agência bancária será investigada por homicídio culposo e vilipêndio de cadáver em Bangu, Rio de Janeiro.

No último dia 16, um caso chocante aconteceu em Bangu, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro. Uma mulher de 42 anos, identificada como Érika de Souza Vieira Nunes, levou seu tio, Paulo Roberto Braga, de 68 anos, em uma cadeira de rodas até uma agência bancária em busca de um empréstimo. No entanto, funcionários do banco desconfiaram do estado de saúde do idoso e chamaram equipes de emergência, que confirmaram a trágica notícia: Paulo estava morto.

O que inicialmente parecia ser apenas um caso de vilipêndio de cadáver e tentativa de furto mediante fraude tomou um rumo ainda mais grave. A Delegacia Policial da região decidiu investigar o caso como homicídio culposo, uma vez que a sobrinha, cuidadora do idoso, deveria ter levado seu tio ao hospital ao perceber que ele não estava bem, e não a uma agência bancária.

Imagens de câmeras de segurança mostram Érika tentando fazer com que seu tio assinasse um documento dentro do banco, mesmo diante de evidentes sinais de que ele estava em um estado preocupante, pálido e sem reações. O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais, o que levou a polícia a investigar ainda mais a situação. Além das imagens do banco, também foram obtidas gravações do trajeto feito pela sobrinha e do depoimento do motorista do carro de aplicativo que as transportou.

A defesa de Érika alega que ela sofre de depressão e não teria percebido que seu tio havia falecido durante o trajeto para o banco. A advogada da acusada, Ana Carla de Souza Corrêa, manifestou surpresa com a inclusão do crime de homicídio culposo nas acusações. Ela aguarda uma avaliação da Justiça em relação a um pedido de prisão domiciliar, destacando que Érika é mãe de uma adolescente com deficiência e necessita cuidar dela.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro está analisando o caso para oferecer a denúncia e se manifestar sobre o pedido de liberdade. A expectativa é de que a justiça seja feita de acordo com os prazos legais estabelecidos. Este episódio trágico serve como alerta sobre a importância de cuidar daqueles que dependem de nós, principalmente em situações de fragilidade e vulnerabilidade.

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