Durante a coletiva de imprensa, Blinken fez questão de levantar preocupações com Xi Jinping, abordando temas como o apoio da China à Rússia em meio à invasão da Ucrânia, Taiwan, Mar do Sul da China, direitos humanos e a produção e exportação de precursores de opioides sintéticos. A postura dos EUA é clara: a China ainda não está encarando de frente a questão central de garantir a segurança transatlântica.
Apesar das divergências, Blinken destacou de forma positiva o progresso recente na cooperação bilateral, especialmente em áreas como comunicações militares, combate ao narcotráfico e inteligência artificial. Ele reafirmou o compromisso em manter e fortalecer as linhas de comunicação para avançar essa agenda e lidar com as diferenças de forma responsável, a fim de evitar falhas de comunicação ou mal-entendidos.
Por sua vez, o presidente Xi Jinping ressaltou a importância de buscar um terreno comum entre China e EUA, em vez de se envolverem em uma competição prejudicial. Ele demonstrou otimismo em relação ao desenvolvimento americano, mas também destacou a necessidade de reciprocidade por parte dos EUA em relação ao progresso da China.
Antes do encontro com Xi Jinping, Antony Blinken teve discussões prolongadas com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e com o ministro da Segurança Pública, Wang Xiaohong. As conversas, que duraram cerca de cinco horas e meia, abordaram a estabilização das relações bilaterais, mesmo diante de obstáculos e desafios.
Em suma, o diálogo entre EUA e China é valorizado pelo governo Biden, mesmo diante das dificuldades e das questões de disputa. A expectativa é de que as negociações continuem sendo desafiadoras, mas com o intuito de encontrar soluções e avançar na cooperação entre as duas potências mundiais.