Incêndio em pensão de Porto Alegre deixa ao menos dez mortos; sobreviventes relatam momentos de terror e correria

Na madrugada desta sexta-feira (26), um incêndio devastador atingiu uma pensão em Porto Alegre, deixando ao menos dez mortos e diversos sobreviventes traumatizados. Um dos relatos tocantes é o de Breno Rivera Rodrigues, 29 anos, que viveu momentos de terror enquanto o fogo se alastrava pelo edifício.

Segundo Rodrigues, o incêndio começou no colchão de um quarto vazio e rapidamente se espalhou, levando à correria e ao desespero dos residentes. Ele morava na Pousada Garoa há mais de um ano e descreveu seu quarto como um espaço pequeno e apertado no segundo andar do prédio.

A maioria das vítimas eram idosos que não conseguiram escapar do local, com corpos sendo encontrados carbonizados. As autoridades investigam as causas do incêndio, e a Defesa Civil levanta a possibilidade de ter sido criminoso.

Outro sobrevivente, Tiago de Almeida de Sousa, de 35 anos, também compartilhou sua experiência assustadora. Ele sofreu queimaduras nas mãos e nos braços, além de escoriações de quedas durante a fuga desesperada do fogo. Um amigo de trabalho não conseguiu escapar e perdeu a vida dentro do prédio.

O cenário das pensões afetadas era de precariedade, com infestação de pragas e condições desumanas. Marco Aurélio de Souza, morador do prédio ao lado do incendiado, relatou a situação deplorável em que viviam, com fiações expostas e falta de higiene.

Os sobreviventes tinham um histórico de vulnerabilidade, vivendo nas ruas e pagando o aluguel da pensão com vouchers recebidos de programas sociais. A tragédia em Porto Alegre evidenciou não só a fragilidade das condições de moradia, mas também a importância de medidas de segurança e fiscalização para evitar novas tragédias como essa.

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