A condução do jovem empresário foi questionada pelas autoridades presentes no local do acidente, que solicitaram explicações sobre o ocorrido. O empresário afirmou não se lembrar de nada e descreveu o incidente como “um acidente horrível”. O bombeiro que atendeu a ocorrência fez uma declaração que não constava no boletim de ocorrência, mencionando que Fernando e um amigo que o acompanhava estavam embriagados.
Imagens da câmera corporal de uma policial militar foram divulgadas pela TV Globo e posteriormente obtidas pela Folha, revelando a conversa entre as autoridades presentes no local. Testemunhas relataram que Fernando tentou fugir do local do acidente, mas foi impedido. O empresário teve o terceiro pedido de prisão preventiva solicitado pela Polícia Civil, que o indiciou por homicídio com dolo eventual, fuga do local e lesão corporal.
A perícia apontou que o Porsche estava a 156 km/h no momento da colisão, enquanto o carro de Ornaldo circulava a 40 km/h, velocidade inferior ao limite permitido na via. Testemunhas sustentaram que o empresário estava embriagado, embora ele e sua namorada tenham negado essa alegação. O casal estava acompanhado de amigos na noite do acidente, sendo que um deles ficou gravemente ferido e precisou passar por cirurgias.
Após a repercussão do caso, o governador Tarcísio de Freitas afirmou que não há falta de equipamentos para detecção de alcoolemia e que as equipes policiais poderiam ter identificado o problema sem a utilização do bafômetro. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo admitiu falhas no atendimento do caso, pois os policiais presentes não submeteram o empresário ao teste de alcoolemia. Um procedimento foi aberto para apurar a responsabilidade dos agentes envolvidos.
Diante da gravidade do ocorrido, o Ministério Público deve decidir se apresenta denúncia contra o empresário, solicitando mais investigações ou arquivando o caso. A sociedade aguarda por justiça diante de mais uma tragédia no trânsito, que poderia ter sido evitada caso as leis e os protocolos de segurança fossem seguidos à risca.