De acordo com o especialista eleitoral Eugenio Martínez, os políticos inabilitados eram potenciais candidatos a cargos regionais que seriam disputados após a eleição presidencial. As inabilitações indicam uma crescente repressão à oposição por parte do regime de Maduro, mesmo que esses opositores não estejam concorrendo diretamente contra ele nas eleições de julho.
Essas sanções têm sido uma prática recorrente na Venezuela nos últimos anos, atingindo líderes com grande popularidade, como María Corina Machado. A ex-deputada, vencedora das primárias da oposição e favorita nas pesquisas, também foi impedida de se candidatar nas eleições devido a acusações de irregularidades administrativas durante seu mandato.
Os cinco políticos recentemente inabilitados são correligionários do duas vezes candidato presidencial Henrique Capriles, que também teve seus direitos políticos cassados. Apesar das medidas do regime, a oposição tem se mantido firme em sua intenção de participar ativamente das eleições e lutar por seus ideais.
Diosdado Cabello, considerado o número dois do chavismo, rebateu as acusações da oposição e afirmou que há trapaceiros tentando interferir no processo eleitoral. Ele pediu que as autoridades revisem as candidaturas dos opositores antes das eleições de julho, que contarão com 12 oponentes contra Maduro.
A oposição, por sua vez, tem enfrentado diversos obstáculos e ataques relacionados ao processo eleitoral, desde bloqueios para inscrição de candidaturas até intervenções em partidos políticos. A repressão do regime de Maduro continua a aumentar, mas a oposição segue determinada a participar ativamente do pleito e lutar por seus direitos políticos.