Os réus Roger Marcel Vitiver Soares de Souza, Emerson Ferreira, Juliano Arcangelo Bonini e Maurício Augusto Delasta foram julgados pelo suposto assassinato de Carlos Rodrigues Júnior, conhecido como Juninho, por meio de lesões corporais em uma sessão de tortura com choques elétricos. O crime ocorreu em dezembro de 2007, no bairro popular Mary Dota, em Bauru, após os policiais abordarem o adolescente em sua própria casa sob suspeita de roubo de uma moto.
Juninho foi levado ao pronto-socorro após desmaiar devido às agressões, mas infelizmente não resistiu. O laudo do IML divulgado à época apontou que os choques elétricos desferidos pelos policiais atingiram o coração do jovem, causando uma parada cardiorrespiratória.
Os quatros homens acusados foram expulsos da Polícia Militar, enquanto um quinto policial também implicado no caso foi julgado e absolvido em 2018. Durante o julgamento, as defesas dos réus negaram qualquer participação no crime, resultando em uma troca de acusações entre as partes.
Na ocasião, o então governador José Serra (PSDB) caracterizou a morte do adolescente como uma “brutalidade inaceitável” e assinou um decreto para indenizar a família da vítima. De acordo com relatos dos familiares, Juninho gritou e gemeu durante a sessão de tortura.
O desfecho desse caso polêmico tem gerado controvérsias e indignação na sociedade, reacendendo o debate sobre a violência policial e a impunidade de agentes de segurança envolvidos em crimes graves. A busca por justiça e o clamor por punição para os responsáveis continuam ecoando na comunidade.