A decisão foi proferida após a Operação Fim da Linha, realizada pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo e pela Receita Federal em 9 de abril. Durante a operação, foram decretadas as prisões preventivas do presidente afastado da Transwolff, Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como Pandora, de Róbson Flares Lopes Pontes e do contador Joelson Santos da Silva. Além disso, houve busca e apreensão e a interdição da empresa de ônibus, com afastamento da diretoria.
De acordo com a denúncia do Gaeco, os acusados são investigados por organização criminosa, lavagem de dinheiro, apropriação indébita e extorsões contra perueiros que aderiram à Transwolff. O bloqueio de bens visa garantir o ressarcimento de prejuízos causados pela organização criminosa, equivalente ao faturamento da empresa em 2021.
A Transwolff teve participação em uma licitação da Prefeitura de São Paulo em 2015, após um aporte de R$ 54 milhões feito pela MJS Participações Ltda, provenientes do tráfico de drogas. Segundo os promotores, o PCC, ao inserir esse dinheiro na empresa, consolidou sua posição no setor e lavou os recursos do crime.
Além da Transwolff, a UPBus e outras cinco empresas estão sob investigação do Ministério Público e da polícia. Juntas, essas empresas são responsáveis por grande parte do transporte de passageiros por ônibus na capital paulista, tendo recebido milhões em contratos públicos. A Transwolff, em específico, recebeu R$ 748 milhões da Prefeitura em 2023.
Diante dessas acusações e desdobramentos, os acusados terão que enfrentar a ação penal e possíveis consequências legais decorrentes de suas atividades ilícitas. Este caso mostra a importância de ações como a Operação Fim da Linha na investigação e combate a crimes financeiros e organizados no Brasil.