O Instituto Biológico foi criado em 1927 com o objetivo de encontrar soluções para as pragas que assolavam os cafeicultores paulistas na década de 1920. Uma das descobertas mais importantes foi a introdução do parasitoide Prorops nasuta, conhecido como vespa de Uganda, para combater a broca do café de forma eficaz. Essa técnica revolucionária foi amplamente adotada pelos cafeicultores do estado e contribuiu significativamente para o controle biológico da praga.
A história do café no Brasil remonta ao século 18, quando o sargento-mor Francisco de Melo Palheta trouxe as primeiras mudas da Guiana Francesa para o país. Desde então, o Brasil se tornou o maior produtor mundial de café. No entanto, o café plantado no Instituto Biológico é da variedade arábica, considerada a de melhor qualidade para a produção de café. Dentre as variedades cultivadas no local, destacam-se o catuaí amarelo, o catuaí vermelho, o SH3 e o RN25.
Atualmente, a plantação do cafezal urbano é conduzida de forma totalmente biológica, sem o uso de adubos químicos. A engenheira agrônoma responsável pela plantação, Harumi Hojo, destaca a importância da sustentabilidade e da agricultura orgânica no local. Além do cafezal, o Instituto Biológico também abriga um cacaual e árvores de pau-brasil, seringueiras e cana-de-açúcar, que são fundamentais para a economia agrícola brasileira.
Os visitantes interessados em conhecer o cafezal podem agendar visitas semanais e participar do evento anual Sabor da Colheita, que ocorrerá no próximo dia 25 de maio. Durante o evento, os participantes têm a oportunidade de colher os frutos diretamente no cafezal e aprender sobre práticas agrícolas, agricultura orgânica e técnicas de beneficiamento do café. É um momento que une conhecimento, cultura e sustentabilidade em torno da produção cafeeira no estado de São Paulo.