Essas declarações ocorrem em meio a um impasse nas negociações de cessar-fogo, com o Hamas buscando se unir à Organização para a Libertação da Palestina para formar um governo unificado para Gaza e a Cisjordânia. Al-Hayya enfatizou que o Hamas estaria disposto a aceitar um Estado palestino soberano nas fronteiras de 1967 e o retorno dos refugiados palestinos, desde que as resoluções internacionais sejam respeitadas.
O líder do Hamas também mencionou a dissolução da ala militar do grupo, caso esse cenário se concretize, comparando o possível futuro do Hamas a outros movimentos de resistência que se transformaram em partidos políticos após alcançarem a independência e o reconhecimento internacional.
Essas declarações do Hamas representam uma tentativa de mudar a imagem do grupo perante a comunidade internacional, buscando uma solução política para o conflito entre Israel e Palestina. No entanto, é improvável que Israel aceite essas condições, uma vez que o país prometeu esmagar o Hamas após os recentes ataques terroristas.
O anúncio do Hamas também levanta questões sobre o futuro das negociações de paz na região, com a Autoridade Palestina buscando estabelecer um Estado independente na Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Gaza. Apesar do apoio internacional a uma solução de dois Estados, as negociações têm enfrentado obstáculos há mais de duas décadas.
Com a guerra em Gaza em curso há quase sete meses e as negociações paralisadas, as declarações do Hamas podem representar um novo capítulo no conflito entre Israel e Palestina. Resta saber como Israel e a Autoridade Palestina responderão a essas propostas e se um acordo de paz duradouro poderá ser alcançado no futuro próximo.