A ação resultou na prisão de cinco pessoas, incluindo um policial civil e dois policiais militares. A operação, chamada de Naufrágio, denunciou à Justiça 16 pessoas por organização criminosa e extorsão a comerciantes, empreendedores, vendedores ambulantes e mototaxistas.
Um dos presos foi o sargento PM Djarde de Oliveira da Conceição, conhecido como Negão 18, em cuja casa foram encontrados maconha, carregadores e munição para fuzil automático. O outro policial militar, Reinaldo de Souza, não foi localizado.
A relação estreita entre os integrantes do grupo criminoso e policiais foi destacada na denúncia do Ministério Público. Mandados foram expedidos pela 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa da Justiça do Rio, com determinações de suspensão das funções públicas dos policiais militares e do policial civil, além de outras medidas cautelares como sequestro de bens e bloqueio de valores das contas dos denunciados.
Os dados levantados mostraram que os milicianos mantinham envolvimento com PMs para obter informações privilegiadas, além de fornecerem material bélico desviado de apreensões e até uniformes aos criminosos. A denúncia também inclui um homem que se passa por policial civil, utilizando arma, uniforme e distintivo e participando de operações em viatura oficial da instituição.
A Polícia Civil informou que participou da operação e que o agente envolvido será afastado de suas funções, com abertura de processo administrativo disciplinar para apurar sua conduta. O falso policial civil, identificado como Luiz Carlos da Cruz, está foragido e terá suas possíveis relações com policiais investigadas.
Essa operação do Gaeco mostra mais uma vez a importância do combate ao crime organizado e a atuação das autoridades na investigação e punição de indivíduos envolvidos em atividades ilícitas. A sociedade espera que medidas como essa continuem a ser realizadas para garantir a segurança e a integridade dos cidadãos.