O Senado americano finalizou a votação da legislação sobre recursos militares e o presidente Joe Biden assinou a lei antes de Blinken chegar a Xangai. A presença do Secretário de Estado na China indica que ambos os lados estão dispostos a dialogar sobre suas diferenças.
Antes mesmo de chegar em Xangai, o Escritório de Assuntos de Taiwan da China criticou a assistência à ilha, alegando que ela viola compromissos dos EUA com a China e empurra Taiwan para uma situação perigosa.
Além disso, os países discordam sobre questões globais como as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza. A China argumenta que os EUA estão agindo de maneira hipócrita ao introduzir uma legislação de recursos militares enquanto realizam acusações.
Outro ponto de divergência é a questão dos direitos humanos em Xinjiang, no Tibete e em Hong Kong, assim como a situação de cidadãos americanos detidos pelas autoridades chinesas.
Blinken também abordará a questão do fentanil, um opioide sintético responsável pela morte de milhares de americanos. Ele vai pedir mais esforços da China para impedir a exportação desses materiais e reforçar as legislações locais para evitar contornar as restrições. O Secretário de Estado tem sido incisivo em levantar essas questões, apesar da rejeição da China em relação às críticas americanas.
A viagem de Blinken à China é de extrema importância para a relação entre os dois países e deve servir como ponto de diálogo e argumentação sobre vários temas delicados que os separam.