Relatos indicam que os policiais, identificados como tenente Fernando Lopes e cabo Felipe dos Reis, alegaram ter abordado três suspeitos na rua que mencionaram a existência de um ponto de comércio ilegal de celulares roubados no apartamento 609 do edifício Japurá. A síndica do prédio questionou a presença dos policiais, que afirmaram estar ali para verificar a denúncia, mesmo sem autorização judicial.
No boletim de ocorrência, o delegado Sandro Távora do 2º DP registrou a entrada irregular dos policiais no prédio e ressaltou a necessidade de que eventuais excessos sejam analisados pelo Poder Judiciário. Segundo relatos da síndica Maria de Lurdes e da moradora Bianca França, essa não teria sido a primeira vez que policiais adentraram nos apartamentos sem autorização judicial.
Além disso, o apartamento 609 do edifício Japurá já havia sido alvo de investigações da Polícia Civil como um dos principais pontos de receptação de celulares roubados na cidade. Durante a ocorrência, dois homens foram presos, um por suspeita de receptação e outro por desobediência durante o confronto com a polícia. No apartamento, foram apreendidos diversos aparelhos eletrônicos.
Segundo informações do vendedor Bara Ndiaye, que foi preso durante a operação, Mbaye teria tentado fugir pela janela quando os policiais chegaram ao apartamento. A confusão que se seguiu culminou na queda fatal do imigrante senegalês.
O caso gerou polêmica e revolta entre os moradores da região, que protagonizaram outra confusão na manhã seguinte. A presença de viaturas da PM e motos da Rocam foi necessária para conter os ânimos exaltados dos envolvidos.
É importante destacar que a atuação da Polícia Militar deve ser pautada nos limites legais estabelecidos, respeitando os direitos individuais e a integridade dos cidadãos. O desfecho trágico dessa ocorrência levanta debates sobre os procedimentos utilizados pelas forças de segurança e a necessidade de um controle mais rigoroso sobre suas ações.