Uma demonstração da boa relação entre Lira e a gestão petista foi a aprovação da reforma tributária no ano passado, apesar dos atritos com o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. O presidente da Câmara admitiu ter erros e acertos, e não hesitou em reconhecê-los durante a entrevista.
Quanto à relação com Lula, Lira afirmou que não tem motivos para reclamar, ressaltando a preocupação do presidente com o crescimento e a igualdade social, principalmente das camadas mais pobres. Recentemente, os dois líderes se encontraram no Palácio da Alvorada, no domingo.
Lira também fez críticas a deputados da base governista que recorrem ao Judiciário para contestar derrotas no Congresso, sugerindo a possibilidade de impor restrições à apresentação de Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adins) no Supremo Tribunal Federal (STF).
Questionado sobre um possível favoritismo na escolha do próximo presidente da Câmara, Lira negou ter um candidato preferido, garantindo que nunca afirmou a nenhum deputado que apoiaria A, B, ou C para sucedê-lo em fevereiro.
A entrevista de Arthur Lira com Bial trouxe à tona a relação entre o presidente da Câmara e o presidente Lula, além de detalhes sobre a atuação do parlamentar no comando da Casa e os desafios enfrentados no cenário político brasileiro.