Plano de transporte de prefeito de São Paulo foca em ônibus e motos, relegando bicicletas e aumentando poluição na cidade

O plano de transporte do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), vem sendo alvo de críticas e questionamentos por parte da população e de especialistas em mobilidade urbana. Ao extinguir parte das ciclovias construídas durante a gestão de Fernando Haddad (PT) e optar por medidas como ônibus gratuitos aos domingos e faixas exclusivas para motos, Nunes está direcionando a prioridade do transporte público para modalidades que não são necessariamente as mais sustentáveis ou populares.

Embora as medidas adotadas pelo prefeito tenham apresentado resultados positivos, como o aumento no número de usuários de ônibus aos domingos e a redução no número de acidentes fatais envolvendo motociclistas nas faixas exclusivas, a falta de incentivo ao uso de bicicletas como meio de transporte é vista como um retrocesso. Em diversas partes do mundo, a valorização das ciclovias e a promoção de meios de transporte não poluentes são prioridades nas políticas de mobilidade urbana.

A implantação da Tarifa Zero, que permite que a população utilize o transporte público gratuitamente aos domingos, tem sido elogiada pela sua capacidade de atrair novos usuários e reduzir o uso de automóveis. No entanto, a questão do financiamento do programa e a abrangência dos benefícios para diferentes segmentos da população ainda são temas de debate. Ademais, a implementação das faixas azuis exclusivas para motocicletas tem sido expandida pela cidade, visando melhorar a segurança dos motociclistas, mesmo diante do aumento nas mortes no início deste ano.

Em contrapartida, a ausência de investimentos e a falta de cumprimento das metas estabelecidas para a construção de novas ciclovias são pontos de preocupação. Com apenas 10% do projeto concluído até o momento, a gestão de Nunes demonstra descaso com a questão da mobilidade sustentável e segura para os ciclistas. Os dados de acidentes fatais envolvendo ciclistas indicam a urgência de medidas efetivas para garantir a segurança de quem opta por esse meio de transporte.

Diante desse cenário, a população paulistana aguarda que a administração municipal reveja suas prioridades e promova ações que incentivem o uso de meios de transporte sustentáveis, como as bicicletas, para garantir uma cidade mais saudável e segura para todos os seus habitantes.

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