Durante um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, Lula destacou a importância de os setores de esquerda, progressistas e democráticos se organizarem e se prepararem para enfrentar os desafios atuais. Ele mencionou ter conversado sobre a proposta com os presidentes da Espanha, Pedro Sánchez, e da França, Emmanuel Macron.
O ex-presidente brasileiro alertou para a crescente onda de violência e intolerância no Brasil e em diversas nações europeias e nos Estados Unidos. Ele citou o ataque ao Capitólio em janeiro de 2021, onde apoiadores de Donald Trump invadiram a casa legislativa em uma tentativa de reverter a derrota eleitoral do ex-presidente. Lula enfatizou a importância de manter e fortalecer as instituições democráticas para preservar a democracia.
Lula também destacou o retrocesso na América do Sul com o crescimento de movimentos de extrema-direita, xenofobia, racismo e perseguição a minorias. Ele ressaltou a necessidade de enfrentar esses desafios e aproveitar o momento favorável das relações diplomáticas do Brasil para promover uma discussão política profunda sobre o tema.
Além disso, o ex-presidente mencionou o encontro do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, com a chanceler argentina, Diana Mondino, em Brasília, ressaltando as relações do Brasil com outros países da América do Sul, como a Argentina. Lula ainda aguarda a resposta de um convite para um possível encontro com o presidente argentino Javier Milei.
Em meio a um cenário de incertezas políticas e sociais em diversos países, a proposta de Lula de criar uma aliança internacional contra a extrema-direita reflete a preocupação com os valores democráticos e a defesa dos direitos humanos no cenário mundial.
