Governo de São Paulo implementa “fluencímetro” com inteligência artificial para avaliação de fluência de leitura de alunos do ensino fundamental.

O Governo de São Paulo está implementando uma nova ferramenta de inteligência artificial para avaliar a fluência de leitura dos alunos do 2º ao 5º ano do ensino fundamental. A iniciativa foi anunciada pelo secretário da Educação, Renato Feder, durante a participação no evento Bett Brasil, em São Paulo, e recebeu o nome de “fluencímetro”.

Com o objetivo de auxiliar no desenvolvimento da leitura dos estudantes, o “fluencímetro” funciona da seguinte forma: o aluno lê um texto, o áudio é gravado e analisado pela inteligência artificial. Posteriormente, o professor recebe uma comparação entre o texto original e a leitura realizada pelo aluno, classificando a fluência e o tempo em níveis como “abaixo do básico”, “básico”, “adequado” e “avançado”.

Além de fornecer informações individualizadas para cada aluno, o “fluencímetro” também possibilita ao professor comparar os resultados de toda a turma, bem como acompanhar a evolução de cada criança ao longo dos testes. As primeiras avaliações estão sendo aplicadas esta semana para os alunos do 4º e 5º ano, e na próxima semana para os do 2º e 3º ano.

A ferramenta será disponibilizada por meio da plataforma Elefante Letrado, que já está em uso nas escolas estaduais em um programa de leitura para os anos iniciais do ensino fundamental. O governo prevê um gasto de R$ 17,28 milhões com a implementação do “fluencímetro”, sendo que R$ 6 milhões já foram investidos.

Escolas municipais também poderão aderir ao uso da ferramenta, que está disponível para os 560 mil estudantes matriculados do 1º ao 5º ano do ensino fundamental nas 1.389 escolas da rede paulista. A Secretaria de Educação ressalta que a meta é alfabetizar 90% dos estudantes do 2º ano até 2026, visando melhorar os índices atuais, já que apenas 40,62% das crianças das escolas públicas de São Paulo chegam alfabetizadas ao final do 2º ano.

Apesar do avanço tecnológico na área da Educação, a gestão Tarcísio de Freitas tem enfrentado críticas, como o uso do ChatGPT na produção de aulas digitais. No ano passado, a tentativa de substituir os livros didáticos por conteúdo digital também gerou polêmica e teve que ser revogada devido à reação negativa da sociedade.

O secretário da Educação, Renato Feder, defende o uso da tecnologia como apoio à educação, ressaltando que as ferramentas tecnológicas devem ser aliadas dos professores, sem preconceitos. A implementação do “fluencímetro” é mais uma etapa do governo paulista para melhorar os índices educacionais e garantir um melhor desempenho dos alunos no desenvolvimento da leitura.

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