Empresário John Textor depõe à CPI do Senado sobre manipulação de resultados no futebol e apresenta relatório sigiloso com dados comprometedores.

O empresário John Textor, sócio-majoritário do Botafogo SAF, prestou depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado Federal nesta segunda-feira (22), em meio às investigações sobre manipulação de resultados do futebol e fraudes de apostas esportivas. Em um relatório com cerca de 180 páginas, Textor apresentou dados confidenciais que apontam para irregularidades no cenário esportivo.

Durante a sessão, o senador Jorge Kajuru, presidente da CPI, destacou a existência de diversos indícios levantados pelo empresário norte-americano. A intenção da comissão é disponibilizar o relatório para os senadores do colegiado e suas assessorias, para embasar futuros depoimentos.

Dividida em duas partes, a reunião teve um momento público com a presença da imprensa, no qual Textor reiterou ter provas de manipulação de partidas do Campeonato Brasileiro de futebol de 2022 e 2023, baseadas em análises da empresa francesa Good Game!. Já a segunda parte ocorreu a portas fechadas, com a apresentação de nomes de possíveis envolvidos no esquema.

Em suas declarações, Textor ressaltou que não está em busca de reconhecimento, mas sim de evidenciar a realidade da manipulação de resultados no esporte. Ele mencionou a existência de um áudio comprometedor envolvendo um árbitro e levantou suspeitas sobre clubes como São Paulo e Palmeiras, sem atribuir acusações diretas.

O empresário foi convidado a prestar depoimento pela CPI após declarações públicas sobre casos de manipulação de resultados no futebol brasileiro. Além disso, Textor enfrentará um julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na próxima semana, por críticas feitas contra a arbitragem e a Confederação Brasileira de Futebol.

A CPI das apostas esportivas foi criada com o intuito de investigar a movimentação financeira gerada por essas práticas no país, incluindo possíveis aliciamentos de jogadores e dirigentes. Com a regulamentação das apostas esportivas promovida pelo governo, órgãos como o Ministério da Fazenda passaram a fiscalizar a atividade de perto, diante das preocupações levantadas sobre sua integridade.

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