Em suas falas em cima de um trio elétrico, Bolsonaro se declarou vítima da “covardia” de um sistema que busca tirá-lo de combate de forma definitiva. O ex-presidente é alvo de um inquérito devido à tentativa de golpe ocorrida em janeiro de 2022, com seu passaporte apreendido pela Polícia Federal em fevereiro, por ordem do ministro Alexandre de Moraes.
Segundo a investigação, enquanto presidente, Bolsonaro discutiu com militares uma minuta de golpe de Estado, que contemplava a prisão de Moraes, do ministro do STF Gilmar Mendes e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, além de propor novas eleições presidenciais baseadas em alegações falsas de fraude nas urnas eletrônicas.
Durante o ato em Copacabana, Bolsonaro se defendeu negando qualquer envolvimento na elaboração da minuta e destacou a importância da democracia e da legitima disputa eleitoral. O ex-presidente também mencionou sua inelegibilidade por oito anos devido a abusos de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, ressaltando as decisões do TSE tomadas no ano passado.
Por fim, Bolsonaro reafirmou seu compromisso em participar das eleições de forma limpa e sem suspeitas, além de defender os manifestantes presos durante os atos de janeiro, onde houve invasões e vandalismo em prédios públicos. Em meio a um cenário político conturbado, as manifestações em apoio a Jair Bolsonaro continuam demonstrando a polarização e a divisão na sociedade brasileira.