No entanto, menos de um ano após a contratação, a prefeitura rescindiu os contratos devido a uma série de irregularidades detectadas, que vão desde a falta de pagamento de direitos trabalhistas dos funcionários até falhas no fornecimento de materiais de limpeza e uniformes. A empresa contratada, Safe Grupo, tentou argumentar que a pandemia de Covid-19 prejudicou a execução dos serviços, mas a Justiça considerou improcedente o pedido de indenização de R$ 2 milhões feito pela empresa.
Além disso, a Safe Grupo também deve R$ 190 mil em multas à administração municipal por descumprir as exigências contratuais. Vale ressaltar que o dono da empresa está foragido da Justiça após a Promotoria pedir sua prisão em decorrência dessa investigação.
A operação realizada pela Promotoria resultou na prisão de outras 13 pessoas, incluindo três vereadores, agentes públicos, empresários e um advogado. Segundo as investigações, os acusados simulavam concorrência entre empresas parceiras ou do mesmo grupo econômico, com funcionários atuando em diversas empresas do esquema. O PCC também tinha influência sobre a definição dos vencedores das licitações, interferindo em processos concorrenciais.
A reportagem tentou contatar o acusado e sua defesa, mas não obteve retorno, assim como aconteceu com os demais presos. Devido ao segredo de Justiça do caso, a defesa não pôde ser localizada para comentar sobre as acusações. A situação evidencia a gravidade do esquema de fraude em licitações no estado de São Paulo e a necessidade de investigações mais rigorosas para combater esse tipo de crime.