O processo para a criação desses filmes bioplásticos foi descrito em um artigo publicado no renomado Journal of Cleaner Production. A pesquisa mostrou que, através de simples pré-tratamentos envolvendo água ou solução ácida diluída, as cascas de banana puderam ser transformadas integralmente em filmes bioplásticos de alta qualidade, sem gerar resíduos e com desempenho superior a muitos bioplásticos convencionais.
A pesquisa teve o apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e foi coordenada pela pesquisadora Henriette Monteiro Cordeiro de Azeredo, da Embrapa. O estudo teve como objetivo principal valorizar os subprodutos gerados pela cadeia de valor da banana, que atualmente são subutilizados ou descartados de forma inadequada, resultando em impactos ambientais negativos.
Ao aproveitar integralmente a casca de banana, os pesquisadores conseguiram desenvolver um filme bioplástico que possui potencial de substituir embalagens plásticas não biodegradáveis, reduzindo o impacto ambiental associado ao seu uso. Os resultados obtidos foram tão promissores que os pesquisadores já planejam a continuidade dos estudos para aprimorar algumas propriedades do filme, visando sua aplicação em escala industrial.
O desenvolvimento desses filmes bioplásticos a partir de casca de banana representa um grande avanço na busca por alternativas sustentáveis na indústria de embalagens de alimentos. Com o potencial de valorizar resíduos agroalimentares e reduzir o impacto ambiental do descarte inadequado, essa pesquisa demonstra como a criatividade e a inovação podem contribuir para a construção de um futuro mais sustentável e consciente.