A esposa do professor afirmou que ele estava dando aulas na cidade de São Paulo no momento do crime. Com base nessa informação, o advogado de Santos, Danilo Reis, entrou com um pedido de habeas corpus para que ele fosse solto. A escola onde o professor trabalha forneceu documentação comprovando sua presença no local no dia e horário do delito.
Inicialmente, o pedido de soltura foi negado, porém a defesa recorreu da decisão. O juiz responsável pelo caso considerou que os documentos apresentados comprovavam a presença de Santos na escola no momento do crime e que o reconhecimento feito pela vítima foi baseado apenas em fotografias, não presencialmente. Diante disso, decidiu autorizar a liberdade do professor.
A esposa de Clayton, Cláudia Gomes, relatou que ele recebeu uma convocação da polícia para comparecer a uma delegacia em Sacomã, zona sul de São Paulo, e foi preso ao se apresentar no local. Ela alega que o marido pensava que se tratava de um caso relacionado a um celular anteriormente roubado.
Segundo o boletim de ocorrência, no dia do crime, uma mulher de 73 anos foi sequestrada em Iguape por duas mulheres, que a obrigaram a entrar em um veículo Chevrolet Celta preto, conduzido por um homem. Os criminosos obrigaram a vítima a sacar R$ 11 mil, valor que foi depositado em uma conta bancária e, posteriormente, libertaram a mulher.
A defesa de Clayton alega que ele estava dando aulas na escola no momento em que o crime ocorreu, e que ele não possui carteira de motorista nem conduz veículos, não tendo jamais estado em Iguape. A família também contesta o reconhecimento do professor por meio de uma fotografia antiga apresentada durante a investigação, apontando inconsistências no caso.
Diante da liberação do professor, sua esposa questiona a falta de investigação mais aprofundada sobre o caso e levanta questões sobre possíveis preconceitos raciais no desfecho da situação. A liberdade de Clayton Ferreira Gomes dos Santos evidencia a importância de garantir o devido processo legal e a presunção de inocência em casos judiciais.