Desde setembro do ano passado, o promotor vem investigando a introdução de tecnologias e plataformas na rede estadual de ensino de São Paulo. Segundo a Folha, desde que Renato Feder assumiu a Secretaria de Educação, houve um impulso significativo na digitalização do ensino, uma vez que Feder é empresário do setor de tecnologia.
O promotor requisitou explicações sobre como o ChatGPT será utilizado, seu funcionamento e qual a finalidade pedagógica que se pretende alcançar com essa ferramenta. Ele também pediu que sejam apresentados estudos ou pesquisas que embasem essa decisão, além de questionar se foram realizadas pesquisas prévias sobre o uso de inteligência artificial no contexto educacional.
Além disso, o promotor agendou uma reunião com a Coordenadoria Pedagógica e a Coordenadoria de Informação, Tecnologia, Evidências e Matrícula, solicitando que apresentem a rotina de produção do material didático atual e como será modificada com a introdução da inteligência artificial.
A partir da adoção do ChatGPT, os professores curriculistas terão a responsabilidade de avaliar e ajustar as aulas geradas pela inteligência artificial, para que estejam de acordo com os padrões pedagógicos. Renato Feder alega que essa mudança visa acelerar a produção de material didático, e ressalta que não se deve ter preconceito em relação à tecnologia.
Apesar da Secretaria de Educação afirmar que o processo ainda está em fase de testes, os professores curriculistas já estão recebendo orientações sobre como deverão trabalhar nas próximas semanas. A ferramenta ChatGPT pretende aprimorar as aulas produzidas pelos docentes, enriquecendo-as com novas propostas de atividades e informações para melhorar a compreensão dos alunos.
A investigação do Ministério Público busca garantir a qualidade e eficácia do uso da inteligência artificial no processo educacional, bem como a transparência e embasamento técnico nas decisões tomadas pela gestão de Tarcísio de Freitas. O diálogo entre as partes envolvidas é fundamental para garantir que o ensino nas escolas estaduais de São Paulo continue a garantir a formação acadêmica e pessoal dos estudantes.