Os relatos dos familiares revelam um clima de tensão constante, com a namorada do jovem sendo abordada por policiais dias após o ocorrido. Os agentes teriam ficado parados em frente à casa da moça por aproximadamente uma hora, proferindo ofensas e intimidando-a.
O advogado da família, José Oscar Silveira Junior, ressaltou que o medo de registrar uma nova ocorrência é latente, demonstrando a desconfiança e receio em relação às autoridades. A Secretaria da Segurança Pública informou que o inquérito policial foi encaminhado à Justiça Militar, e a Corregedoria da Polícia Militar está disponível para receber denúncias e investigar condutas inadequadas.
A vida da família está parada desde o acontecido, com o filho do casal, que trabalha como servente de pedreiro, temendo retornar às suas atividades diárias. O caso foi registrado como desacato e gerou controvérsias nas versões apresentadas pelas partes envolvidas.
Conforme o relato dos policiais, a abordagem aconteceu após notarem uma motocicleta com a placa sem lacre na região. O morador teria se aproximado, desrespeitado ordens e tentado agredir os agentes. Já a versão do agredido aponta para uma situação de abuso de autoridade, com agressões físicas e invasão da residência sem mandado judicial.
A Ouvidoria das polícias de São Paulo iniciou uma investigação sobre o caso e entrou em contato com a família das vítimas para apurar os fatos. O clima de insegurança e desconfiança paira sobre o ambiente, sinalizando para a necessidade de uma resposta efetiva das autoridades competentes e a garantia da segurança e integridade dos cidadãos.
