Durante o evento, diante do público presente, o pastor afirmou que “de ontem para hoje tinha quatro despachos aqui na frente do palco. Avisa aí para esses endemoniados de Itaboraí que o tempo da bagunça espiritual acabou. A igreja está na rua. A igreja está de pé. E ainda digo mais, preparem-se para ver muito centro de umbanda sendo fechado na cidade.” Suas declarações geraram revolta e foram consideradas como intolerantes.
A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) conduziu as investigações e concluiu que não houve alteração no conteúdo do vídeo anexado ao inquérito. Com base nas evidências, a polícia enviou um relatório ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) confirmando a prática de intolerância religiosa por parte de Valadão.
Diante das acusações, o pastor se defendeu alegando que suas palavras foram proferidas em defesa de sua própria fé, acreditando na possibilidade de conversão de pessoas de outras religiões de matriz africana à fé cristã. Ele também afirmou que nunca incitou a violência contra centros espíritas ou fiéis de outras religiões.
A prefeitura de Itaboraí se pronunciou, informando que as declarações dos convidados e artistas durante as comemorações dos 189 anos da cidade são de responsabilidade de cada um, e que o governo é para todos, não apoiando qualquer forma de intolerância religiosa.
Até o momento, a defesa do pastor Felippe Valadão não foi localizada para comentar sobre o caso. A situação levanta discussões sobre liberdade religiosa e respeito às diferentes crenças, reforçando a importância do diálogo e da convivência pacífica entre os diferentes segmentos da sociedade.